Para o enólogo de terceira geração Jean Bousquet, foi amor à primeira vista, nas férias de 1990: o Vale Gualtallary, um terreno remoto e árido no alto do distrito de Tupungato, no Vale do Uco, na região de Mendoza. Bousquet descobriu seu terroir de sonho, ideal para cultivar vinhos orgânicos, com altitudes de até 5.249 pés. Avançando para o presente, os conhecedores do vinho o reconhecem como a fonte de alguns dos melhores vinhos de Mendoza. Naquela época, era um território virgem: trechos de semi-deserto, nada plantado, nenhuma água acima do solo, sem eletricidade e um único caminho de terra de acesso. Os moradores consideravam a área muito fria para o cultivo de uvas. Bousquet encontrou a mistura perfeita entre sua terra natal francesa e o Novo Mundo (ensolarado, com alta acidez natural e um potencial para vinhos relativamente frutados). A filha de Bousquet, Anne, e seu marido Labid Al Ameri viram-se cada vez mais atraídos pela causa, incluindo a oportunidade de colocar em prática sua filosofia sustentável. Depois de uma viagem em 2002 à Argentina, o casal começou a investir na Domaine Bousquet. Em 2005, Al Ameri ingressou em tempo integral com o sogro, ajudando na construção da vinícola. Anne continuou seu trabalho como economista, antes de entrar na empresa em 2008. Em 2009, o casal mudou-se para Tupungato, assumindo a propriedade total da Domaine Bousquet em 2011. Hoje, produzem 4 milhões de litros por ano, exportando 95% do seu volume para mais de 50 países. Com importadoras próprias nos EUA, Europa e Brasil, está entre as 20 maiores vinícolas argentinas em termos de exportação e é líder em vinho orgânico.