A história do icônico vinho Clos Apalta começa lá no território francês, na idealização de Alexandra Marnier Lapostolle, que pertencia à família tradicional do país, a Lapostolle, que atuava na produção de vinhos, destilados e demais bebidas desde o ano de 1827. Com experiência e conhecimentos no mundo dos vinhos aliados ao espírito inovador, a francesa queria fazer algo diferente do empreendimento familiar existente. Foi então que ela saiu pelo mundo em busca de um lugar ideal para que se pudesse fabricar o vinho perfeito.
Após muitas visitas e análises de vários lugares do mundo, a francesa, em companhia de seu marido, escolheu a América do Sul, mais especificamente o Chile, para colocar em prática todo o seu projeto excepcional naquele terroir ideal que encontrou. A partir de então, a região do Apalta, que fica na Província de Colchagua, localizada a aproximadamente 180 quilômetros da capital do país, Santiago, passou a ser o palco da atuação e extensão da experiência vinícola francesa em solo chileno.
Encantos da terra chilena
Foram vários os fatores envolvidos no processo de escolha de Alexandra, como, por exemplo, a questão da qualidade das terras características do Chile, que sofre a influência do mar e das cordilheiras, resultando em um terroir perfeito. Além do fato da existência de videiras que não haviam sofrido nenhum enxerto até aquele momento, sem nenhum sofrimento por filoxera, uma praga que destruiu muitas vinhas na Europa durante o século XIX.
Em 1994 o casal se estabeleceu naquelas terras promissoras, mostrando a importância do vinho e todas as suas particularidades no mundo novo. A vinícola do Clos Apalta pode ser considerada biodinâmica e se destaca por diversos fatores, além da produção de vinhos excelentes, há também uma grande preocupação com as questões ambientais e os cuidados com a natureza, além da valorização de todas as pessoas envolvidas no processo de fabricação.
A dedicação que um bom vinho necessita
No momento em que encontraram as terras perfeitas, o casal queria aprimorar todo o processo e, então, chamaram o conhecido Michel Rolland, um enólogo de Bordeaux, para utilizar de modo eficaz as variedades de castas francesas naquele rico solo chileno.
As ações em prol da redução da mecanização nos processos apresentam uma curiosidade, pois para fazer o Clos Apalta, especificamente, a vinícola seleciona apenas mulheres para fazer a separação dos cachos e manusear as uvas. Isso devido à constatação e experiência própria da maior delicadeza delas para lidar com as frutas sem danificá-las, já que precisam de um cuidado maior, por serem oriundas de vinhas mais antigas, de 1920 mais ou menos, e com pouco rendimento.
Principais características do Clos Apalta
Lapostolle é uma vinícola que possui uma grande quantidade de rótulos, mas pode-se dizer que o Clos Apalta é o ícone da casa. Trata-se de um vinho que utiliza para a sua fabricação majoritariamente a casta Carménère, apesar de não ser a mais plantada no país, porém de grande representatividade. Há também uma porcentagem de Cabernet Sauvignon e Merlot. O resultado não poderia ser diferente a de um grande sucesso, com as safras de 2014 e 2015 com pontuação máxima no Guia do James Suckling.
A Vinícola em si é um local encantador, com uma estrutura, com restaurantes e pousada, que supera as expectativas e encantam aos olhos de todos os visitantes e amantes dessa bebida tão especial. O Clos Apalta, portanto, pode ser considerado um vinho de alta qualidade que resultou de conhecimentos e dedicações que se passaram de geração para geração, ultrapassando fronteiras e sempre em busca de aperfeiçoamentos e otimizações.
