O preconceito é um conceito estabelecido antes de termos conhecimento e informação sobre algum aspecto. Infelizmente é algo comum na sociedade e afeta diversos âmbitos, como é o caso dos preconceitos do mundo do vinho. Pensando nisso, trouxemos 5 desses preconceitos e mostramos que não é bem assim.
Vinho com tampa de rosca não é bom
O primeiro preconceito que vamos quebrar é sobre a ideia de que os vinhos com tampa de rosca são todos ruins. Muitas pessoas pensam que levar esse tipo de vinho para algum lugar é sinônimo de uma péssima imagem. Apesar do papel da cortiça ser muito importante, por conta da troca de oxigênio, a tampa de rosca tem o seu lugar.
Isso porque na maioria dos vinhos essa troca não é necessária, sem contar que a tampa de cortiça surge de matéria-prima orgânica, um recurso escasso. Além do mais, há muitos tipos de vinhos que são produzidos para um consumo mais próximo, pouco tempo depois de saírem na vinícola, em até 3 anos aproximadamente.
O vinho é uma bebida que exige formalidade
Por mais que não estejam relacionados, há quem pense que é preciso estar muito bem arrumado para provar um vinho. Isso acontece porque as pessoas agregam valor formal a essa bebida, considerando necessárias ações como cheirar o vinho e conferir seus detalhes antes da degustação.
Porém, essas técnicas são dedicadas a profissionais da área, o que não impede os amantes de um bom vinho de apreciar. Sendo assim, não temos obrigação de realizar esses formalismos, de selecionar taças específicas e outros rituais que ficam a seu critério e de acordo com a ocasião e a companhia, você escolhe.
Não gostar de uma uva específica
É um engano muito comum alguém provar um vinho que goste e associar aquela uva a sua preferida. O problema está em insistir apenas nesse tipo de bebida, ignorando uma série de experiências com outros tipos de uvas. Sem contar que existem variações dentro de um tipo de uva, como é o caso da Carménère, por exemplo.
Imagine, então, ter provado um vinho em um dia que não foi muito bom para você. O erro está em pensar que essa uva é ruim por conta de uma experiência. Não deixe que esse tipo de percepção te impeça de provar outros tipos de vinhos, de tipos de uvas e locais de produção diversos.
Apenas vinhos caros são bons
Não são poucos os casos de pessoas que perguntam primeiro o valor do vinho antes de sequer permitir a experimentação. Esse preconceito de valor simboliza um pré-julgamento sobre um custo específico que faria um vinho bom ou não.
Mas isso não tem relação com a qualidade do vinho, o que pode surgir é um problema com um rótulo específico. Você pode ter provado um vinho não muito bom e que teve custo baixo. Porém, não podemos tornar isso uma verdade absoluta sobre todos os vinhos baratos serem ruins e todos os vinhos caros serem bons.
Não podemos colocar gelo no vinho
O vinho não deve ser encarado como um drink, no sentido de inserir diversas pedras de gelo para que fique na temperatura que desejamos. Por outro lado, não podemos nos ater ao preconceito de que é inadmissível colocar uma pedra de gelo.
A ideia mais sensata é a de entender quais são os tipos que podem receber essa pedra de gelo sem alterações significativas. Por exemplo, nada te impede de colocar uma pedra de gelo em um vinho rose em um dia muito quente. Em geral os vinhos mais suaves recebem melhor esse tipo de alteração.
Os vinhos são verdadeiras experiências, portanto, quem os ama precisa estar aberto a experimentações. É muito interessante abrir mão desses preconceitos do mundo do vinho para que você conheça outros tipos que goste e desfrute deles como bem desejar.