O Brasil vem descobrindo, aos poucos, o seu potencial como produtor de vinhos. As condições climáticas de regiões do Rio Grande do Sul e o recente interesse do público jovem têm feito o consumo e o turismo vinícola aumentarem. Falando nisso, você sabia que existem regiões vinícolas de renome no país?
Tanto é que, de 2006 a 2019, a produção de vinhos e derivados no Rio Grande do Sul passou de 276,3 milhões de litros para 403,6 milhões. A maior safra ocorreu em 2017, quando a produção fez com que o país ocupasse o 14º lugar na lista dos maiores produtores da bebida.
Os dados são do Instituto Brasileiro do Vinho, órgão que estimula e fiscaliza o setor vinícola no país, e da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.
Para quem sempre quis aprender um pouco mais sobre os encantos do vinho, agora é o momento. Que tal começar com um tour pelas regiões vinícolas da Serra Gaúcha?
Vale dos Vinhedos
Situada a 130 quilômetros da capital gaúcha, no município de Bento Gonçalves, essa região tem forte tradição italiana e é famosa pela tradição na produção de vinhos e espumantes. Com boa estrutura turística e gastronômica, a região recebe visitantes durante todo o ano.
Por lá, é possível visitar vinícolas familiares, como Angheben e Don Laurindo, e de renome internacional, como Miolo e Casa Valduga.
Essa foi a primeira região brasileira a receber o selo de “Denominação de Origem” em seus vinhos, o que atesta que as condições geográficas do local garantem às bebidas produzidas lá qualidades únicas.
Pinto Bandeira
A cidade de apenas 3 mil habitantes, a cidade de Pinto Bandeira fica a apenas 12 quilômetros de Bento Gonçalves. Esta região está em fase final de se tornar a primeira denominação de origem para espumantes do Novo Mundo, o que pode ser comprovado pela qualidade dos vinhos elaborados nesta localidade como, por exemplo, os da Família Geisse onde o visitante pode ter um intenso contato com a natureza e a possibilidade de beber espumante, alguns inclusive premiados, em um deck ao lado de um riacho com cachoeiras.
Outra vinícola conhecida é a Don Giovanni, que tem tradição na produção de vinhos e espumantes há 30 anos, e uma característica peculiar: a maior parte dos vinhedos fica em pé, por conta da produção num sistema chamado espaldeira, que garante a qualidade das uvas.
Essa região abriga ainda a Vinícola Valmarino, reconhecido não somente pela qualidade dos seus espumantes, como pelos tintos especialmente os produzidos pela uva Cabernet Franc.
Garibaldi
Também com forte tradição italiana, a cidade é conhecida como a capital nacional do espumante e é a maior produtora da bebida no Brasil. A centenária vinícola Peterlongo é uma das mais visitadas, porque lá foi elaborado o primeiro champanha do país.
No centro da cidade, uma cooperativa de produtores de vinho, que leva o nome do local, também tem mais de 80 anos de experiência e oferece vários programas aos visitantes, como a degustação às cegas, que precisa ser agendada.
Flores da Cunha
Também conhecida como Altos Montes, essa região é um pedaço da Itália na Serra Gaúcha. Em um roteiro rural, é possível visitar algumas vinícolas da região que vem se destacando tanta pela qualidade dos seus vinhos como pela sua estrutura de enoturismo. Algumas delas são: Luiz Argenta, Família Bebber e Viapiana.
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